sábado, 12 de julho de 2008

Solitária alma


Precipita ao vento

Lágrimas de cristal

Paira em pensamento

Destinada ao normal

Linha e desalinha

Fragmentada ilusão

Contorce pela vida

Alma em solidão

Estagnada alma

Inerte com o coração

Imperceptível respirar

Os alvéolos de seu pulmão

Deflagrada segue

Em busca de de si

Alucinada sensação

Alma, debilitada alma

Implora exaltação

A dor é impiedosa

Sorri na solidão

Onde deixa de florescer camélias

O sol não tem perdão

A lua inadequada chora

Lamenta fria condição

Alma, deflagrada alma

Estende-se mãos vazias

Devora a própria condição...


Cláudia Aparecida Franco de Oliveira

Recreio do Bandeirantes

Rio de Janeiro

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